A dor é igual ao amor. Não escolhe cor, religião e muito menos idade. Simplesmente acontece. Era Natal, as luzes piscavam e a árvore já estava enfeitada e pronta para alegrar os olhos, menos os meus. Não foi o melhor nem o pior Natal, foi só... Natal. Em vez de escutar Happy Christmas ou, sei lá, Noite Feliz a minha trilha sonora foi Christmas Light. Ano passado (2009), eu tinha recebido uma mensagem de Natal à noite, eu estava muito feliz e explosiva como os fogos de artifícios rodopiando no céu. Onde foi parar minha felicidade natalina? Sempre amei essa data mais que meu próprio aniversário, mas naquele dia tudo que eu queria era pular todas as datas comemorativas e acabar com toda a alegria bônus que elas traziam.
Chegou dia 31... abraços nos familiares, risos, choros, agradecimentos e todos aqueles blás blás. Meia noite. Retrospectiva do ano, dos ganhos e perdas. A minha maior perda foi ele. Chorei por ele, por mim e principalmente por nós. Meia noite e dois. Dei um leve sorriso, enxuguei minhas lágrimas e agradeci a Deus por aquele ano de sofrimento ter finalmente acabado. Ano-novo, vida nova. Porque virou obrigação de eu engolir o choro e começar a seguir em frente.